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Mostrando postagens de 2012

Desvio controlado. Erro pensado

Marcadores. Corredores. Ruas e rumores. Verso. Canto. Em cada canto um progresso. Vida. Vivo. Há que se viver a vida vivo. Sonhos só ao dormir. Sonho acordado é plano articulado. E não basta só o olho fechado. Quem sonha tem que dormir. Traços no caminho. Despertar do ninho. Ovulações e perdições. Mistérios e tentações. O que o olho vê o corpo quer. Perde a cabeça, perde a mulher. Ao homem pede-se foco. Ignorar o inesperado, manter apenas o programado. Essências levam além. Sentidos são mais de cem. Nada confiáveis. Meros escravos da mente. Conduzem a caminhos errados e influenciam a gente. Permita-se ao erro consciente. Ou tire da frente aquilo que não convém. Sempre saiba voltar, o caminho retomar. Não há que se lamentar. Isso pra mim não é pecar.

Ar, eu preciso de um ar

Essa televisão deve estar me deixando pirada. Vai ver não sou eu que sou tão diferente, os outros é que são iguais demais. Será que estão tentando me manipular? Fazer eu pensar que se em um rótulo eu me encaixar talvez seja mais fácil me adaptar e este mundo integrar? Ah, mais eu não quero andar na linha, quero a liberdade desfrutar, quero seguir pelo caminho que eu mesma trilhar, quero escolher como votar, quero da minha mente limpar todo o lixo vendido que nas propagandas não para de passar, quero esquecer que um dia eu me punha a rezar esperando por uma redenção prometida por deuses que outras cabeças costumavam criar, quero  acreditar no que vejo e não no que meus olhos estão a enxergar, quero lamentar por aqueles que insistem em camuflar o cenário e colocá-lo como verdadeiro relicário, dizer aos mesmos que estão sendo observados por um órgão maior que diz se preocupar com o popular mais se interessa mesmo é em seu particular. A tutela nos empurrada garganta abaixo insiste em deix

Palavras

Palavras não deveriam ter significado. Este é sempre mitigado. Ninguém é responsável por nada. A verdade é uma piada. Pobre daquele que precisar pagar por qualquer besteira que falar. E mais pobre coitado daquele que acreditar. Amanhã ninguém já tem mais o mesmo pensar. Não existe equívoco. Existe visão posterior. E por haver uma posterior não quer dizer que a anterior seja inferior. As coisas simplesmente se transformam e isso em nada me incomoda. Na verdade, a cada vez que entrar no rio quero sentí-lo diferente. E se o sinto diferente como relatá-lo de forma igual? Como comprometer-me com o que fora dito no frisson sentido por uma água que me tocara e agora não toca mais? Tenho certeza que Heráclito me entenderia. Não temo em me contradizer, pois não há vínculo que me prenda ao que disse. Minha mente flui mais rápido que meus olhos estáticos conseguem demonstrar. Minhas palavras acompanham, meu discurso muda. Bem se sabe que a situação faz o ladrão. Se disse, falei. Não me importo, p

Lastros

Dia atípico. O frio só corrobora com a impressão de solidão que o ar tece no raio que me circula. Seria só mais uma monótona terça-feira se não fossem as memórias que a todo momento batem na minha cabeça, martelando meu peito e deixando um pouquinho de falta de ar. Nada demais, eu diria. Não é surpresa para ninguém se lembrar de coisas passadas. É comum, inclusive. O que me faz dissertar sobre este estranho sentimento é que há muito eu não me recordava de coisas que recordei hoje. Imagens fracionadas, jogadas para trás. Não fora culpa ou dolo, o tempo nos toma a vida naturalmente e nada nos resta a fazer. Aos poucos os caminhos se constroem, desenham belas curvas como estradas, deixam escolhas, fazem imposições. Não reclamo. Viver é melhor que sonhar. E eu sei que a vida é uma coisa boa. Uma pasta colorida, um cheirinho de lanche guardado, arquinhos (lindos), risadas, uniformes, dentes de leite, serventes gordas, porteiros altos, grades coloridas, portas pintadas, um restinho de cola s

Olhos vagos e estômago vazio

Dualidade. Ser duas. Dividir-me. Dividir minha cabeça, tempo, espaço, comportamento, temperamento, postura, atitudes, vocabulário, (versus) palavreado, olhar, estômago. Tenho que lidar com esta constante em minha vida. Divido-me por todo tempo. Por vezes, bem. Outras, nem tanto. Em geral, (e de certa forma, creio que seja natural) acabo por priorizar um lado da moeda a outro. O que não faz com que eu goste menos do lado relativizado. Lado este que me desafia, mas, me desvia. Foco é trilhar em uma grande avenida movimentada e colorida, mas, nela enxergar um beco escuro com apenas uma luz no final. É fazê-lo sem dar moral pro som ecoante das vozes que te gritam a todo instante. Dada tamanha precisão, impossível se torna ter foco em dois objetivos amplamente diversos. Não, não me sinto impotente. Não posso ser onipresente. Mas, corta-me não viver minhas duas realidades concomitantemente. E infelizmente, não me corta literalmente, vez que, assim, sanado estaria o aqui tão complicado. Corta

How they describe us

You are what you eat, what you dress, what you do, what you think.. all of these things come together to become just one: you. you are those things, you are your body, you are your thoughts, your are your clothes, you are your behavior, you are your family, you are your favorite TV show, you are your favorite snack, you are how you treat people,  you are what  people think about you, you are what nobody knows about you, you are the size of your shoes, you are the perfume you use, you are your pets, you are your voice, you are your rings, you are your partner, you are the person you live with, you are your job, you are your facial expressions, you are the way you look today, you are the sports you practice, you are your father, you are your mother, in some ocasions you are your sisters and brothers, you are your favorite song or  favorite musician, your favorite color and how you put up your hair..  you are everything and everything is nothing compared to you.