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Mostrando postagens de abril, 2013

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Toda tentativa de generalização é falha. E, nesta, esta se inclui.

À Amanda da vez

Uma parte de mim foi arrancada com a brutalidade e maestria que só um criminoso tem. Não o culpo, mas também não o perdoo. E se o ver, mato-lhe também. Se em meu peito só resta solidão, em sua cabeça agora é tensão. Remorso por ter matado? Insensatez. Medo de ser encontrado? Talvez. Um disparo e mais nada, fim da risada, galera animada, festa badalada, amigos em ritmo de noitada, meia vida de uma namorada. Muitos olhos marejados, outros calados, não menos preocupados. Para quem acredita que haverá um reencontro, conforto. Para mim, que vejo que acabou o conto, ele está morto. O Estado do caos ainda é presente. Medo latente. Conflito pendente. Hobbes contente. Povo inconsciente. Mudança insuficiente. Esperança dormente. Dona da minha liberdade eu sou agora. De que adianta? Metade de mim foi embora.