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Preia-mar

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À deriva Como se não houvesse nada abaixo de meus pés Ou como se tudo que há pudesse me engolir sem dor Sinto o consumo do espaço em minhas dimensões Meu corpo em um equilíbrio infantil O vento forte que me derrubaria sem esforço Meus olhos se fecham consentindo Em um salto permaneço intacta Vejo que posso flutuar A virada ponta-cabeça repentina Eu sou a ponte sobre as águas turbulentas Deito-me para a maré passar.