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Mostrando postagens de agosto, 2015

Bem-vinda consciência oscilante

Rememorava traços que lhe voltavam pouco a pouco. Contra cada fragmento, relutava. Não era possível que tudo isto houvesse acontecido. Sobretudo neste curto espaço de tempo. - Qual o sentido da espera?, dizia.  - Todo, é claro.  - Se a vida é feita de segundos, por que contam em anos? Se as pessoas são tão insubstituíveis, por que existem bilhões? Se somos um só, por que sinto que já fui várias?  - Irrelevante, por óbvio. Cada passo traz o peso que merece e cada olhar, o reflexo que ignoramos para encobrir qualquer desgosto. De todos, apenas um. Mas num agora muito turvo para se dizer até quando se fará permanecer. Em verdade, todo agora é assim. Os fatos são como fotografias a serem reveladas, bem se sabe.  Enquanto me ouvia, torcia o nariz. Os sentidos eram reinterpretados como queria, o que tentei evitar: "Não era você que acreditava que os atos da vida se concatenavam?", indaguei.  - Sim, mas temo tê-los desconcatenado por minha conta.  - Acalme-se. Se para